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Total War: Medieval II, uma doce nostalgia que reflete em um presente muito triste

  • Foto do escritor: Griffith Souls
    Griffith Souls
  • 23 de dez. de 2024
  • 14 min de leitura

Atualizado: 6 de jan.


"Uma das capas mais legais da franquia"
"Uma das capas mais legais da franquia"

Bons tempos que não voltam mais…

  • Esse texto não possui spoilers da campanha principal (Nem tem como spoilar)

  • Plataforma sempre jogada: STEAM

  • Você encontrará informações diversas sobre a franquia Total War

  • Escrito por: Griffith, fundador da DungeonBits


"Jerusalem has come"
"Jerusalem has come"

O que é Total War: Medieval II?


Obviamente, é o segundo game da franquia Medieval! Brincadeiras à parte, Medieval II é um dos jogos mais amados da franquia Total War. É um jogo de estratégia/RTS, desenvolvido pela Creative Assembly e publicado pela SEGA. O game foi lançado em 10 de novembro de 2006 (um dia após o meu aniversário).Ele foi até nomeado no BAFTA Games Awards, VGX Awards e Satellite Awards, nas categorias de Estratégia, Escolha dos Críticos e Puzzle/Estratégia, respectivamente, durante o ano de 2006.


"Fala se essas armaduras não são bonitas"
"Fala se essas armaduras não são bonitas"

O que você faz em Medieval II?


Em Medieval II, você irá controlar um dos reinos do Velho Continente ou, com os conteúdos adicionais, as Américas, “Britannia”, as Cruzadas ou, especificamente, a campanha com a Ordem Teutônica. O objetivo é aniquilar seus adversários e dominar o mundo. E, claro, você pode fazer isso usando diplomacia, espionagem ou a boa e velha porradaria. Afinal, o game se chama Guerra Total por um motivo, não é?


“Você acredita que pra instalar ele em 2024 ainda precisamos instalar o DirectX?”
“Você acredita que pra instalar ele em 2024 ainda precisamos instalar o DirectX?”

Mecânicas de jogo e como funciona a jogatina


Você seleciona sua nação, que terá uma posição fixa no mapa do jogo, semelhante à vida real. Ao seu redor, haverá outros reinos, aliados ou inimigos, e facções rebeldes. É possível forjar alianças, trair essas alianças, realizar trocas comerciais, impor nossa vontade sobre as outras nações ou até mesmo declarar guerra para conquistar novos territórios. Também podemos criar novos vassalos para fazer o trabalho sujo por nós e muito mais.


"O cenário, ou no caso, o mapa de guerra"
"O cenário, ou no caso, o mapa de guerra"

Total War sempre funciona como uma mistura entre RTS (combate em tempo real, similar a Age of Empires) e estratégia em turnos. Na parte de turnos, temos um mapa em nossa tela que se assemelha a uma mesa de guerra. Nele, vemos as cidades e unidades dentro do nosso campo de visão. Nossas unidades ou agentes podem se mover um pouco a cada turno. E com esses movimentos vemos um pouco mais do cenário ao nosso redor e quem está perto de nossas terras também. É nessa fase de turno que podemos realizar diversas ações: negociar alianças, declarar guerras, melhorar nossas cidades construindo novos edifícios que permitem recrutar unidades militares e agentes, e por fim, proteger nosso território, transformar a economia da nossa nação e até influenciar a felicidade da população.


Receber ataques de outras facções impacta a moral da cidade, enquanto saques ou conquistas por povos rivais afetam significativamente a população. O pessoal da Creative Assembly sabia o que estava fazendo! Inclusive, dentro de uma batalha de cerco quando fazemos algo importante como quebrar os portões da cidade com os equipamentos de cerco, matar o general inimigo, etc, nós recebemos uma notificação em forma de notícia, é bem legal, e quando dominamos uma cidade, temos 3 opções: Exterminar a população, saquear a cidade, e por fim, conquistar a cidade. E por um tempo o pessoal dela vai ficar bem irritado com a situação e tentar revoltas, pra isso precisamos deixar alguns soldados lá para manter a ordem, sim, eles pensaram até nisso.


"As opções que temos ao vencer uma batalha de cerco"
"As opções que temos ao vencer uma batalha de cerco"

Só para constar, o jogo tem praticamente dois modos: o modo campanha, onde o objetivo é dominar a região onde você se encontra, e o modo batalhas, que permite ir direto para os confrontos. Este último pode ser jogado com amigos e tem suporte para PvP.


"O pau torando na timeline"
"O pau torando na timeline"

Já na fase de guerra, que ocorre quando invadimos outras cidades ou enfrentamos outro exército, o jogo se transforma em um RTS legítimo. Todas as nossas unidades têm um propósito: as unidades de espada e escudo são eficazes contra tipos específicos de inimigos, os arqueiros não podem lutar em combate corpo a corpo e suas flechas são limitadas, e a cavalaria precisa ser utilizada para ataques de flanco, sendo constantemente movimentada de um local para outro para maior eficácia. (Sim, estou falando isso pensando na cena grotesca da última temporada de Game of Thrones, onde uma cavalaria de 100 mil Dothrakis viram paçoca em 10 segundos porque saem em direção ao desconhecido e sem ver nada na frente). Até mesmo terrenos altos são pontos de vantagem para suas unidades, flanquear impacta a moral dos adversários, e a morte de um general em batalha é um fator crucial, o game é tão inteligente que parece uma simulação de batalha real no quesito de estratégia e lógica. E foi uma excelente evolução na franquia se comparado aos games anteriores.


“Um dos lançamentos mais polêmicas da franquia, o negócio veio todo bugado, mas hoje envelheceu como vinho”
“Um dos lançamentos mais polêmicas da franquia, o negócio veio todo bugado, mas hoje envelheceu como vinho”

Algumas mecânicas foram abandonadas em jogos futuros, como o casamento de generais com mulheres do reino, que resultava em filhos que posteriormente fariam parte da sua facção e poderiam evoluir nos rankings militares. Também foram removidos o discurso dos generais antes das batalhas e a aprovação do Papa com base em suas ações. Claro que algumas dessas mecânicas foram removidas por razões óbvias, mas é triste saber que muitas das características que tornavam esse jogo único foram deixadas de lado. Pelo menos as missões que realizamos para ganhar reputação, dinheiro e outras recompensas foram mantidas nos jogos seguintes.


“O game apresenta algumas mecânicas legais como por exemplo: notícias do mundo, como essa do Cardeal falecendo, ou da sua facção mesmo, como essa onde tem um membro da sua família nascendo”
“O game apresenta algumas mecânicas legais como por exemplo: notícias do mundo, como essa do Cardeal falecendo, ou da sua facção mesmo, como essa onde tem um membro da sua família nascendo”

Trilha Sonora


Quem criou a trilha sonora é alguém muito talentoso. As músicas deixam você completamente imerso em uma Europa medieval repleta de dúvidas e medo do oculto, mas, acima de tudo, antiga o suficiente para evidenciar que a força era a principal moeda de negociação entre os povos daquela época.

A música da edição definitiva do jogo é particularmente impressionante. Ela remete a um tipo de canto eclesiástico, talvez em preparação para pedir perdão ou para se redimir pelo que está prestes a acontecer. Afinal, o objetivo é a guerra total.


“O background do menu principal com a música tema do game, pra você pegar o feeling”


Em que época se passa Total War: Medieval II?


O jogo se passa em 1080, um pouco antes da Primeira Cruzada. A Inglaterra ainda não estava completamente formada, ocupada em terminar de expulsar os saxões. Muitas reformas nos impostos estavam em andamento, e um confronto com a França estava prestes a acontecer. Já a França encontrava-se em um estado puro de preparação para a guerra, com duques, condes e outros senhores franceses se armando para conquistar mais poder, ou seja, não eram muito unidos.


Outra facção interessante da campanha principal é o Sacro Império Romano, que agora é apenas uma sombra do que foi no passado. Cercado de inimigos e bastante enfraquecido, o Kaiser já não serve mais ao Papa; na verdade, os dois estão em conflito. É nesse clima de disputas e desavenças que o jogo se desenrola, com intrigas e rivalidades sendo os principais motivos das tretas.


“Um exemplo de uma unidade de exército passeando pelo mapa”
“Um exemplo de uma unidade de exército passeando pelo mapa”

Porque Total War: Medieval II?


Com tantos jogos lançados na franquia, por que exatamente escrever sobre Total War: Medieval II? Bom, a resposta é bem simples: é um dos jogos mais amados da série. Há anos a comunidade implora para a Creative Assembly lançar uma continuação, mas nada é feito. Existem rumores de que um terceiro jogo estaria sendo produzido, mas, por enquanto, não passam de boatos.


“Se metade dos insultos que aparecem no game fossem ditos hoje em dia, o twitter iria cancelar o estúdio”
“Se metade dos insultos que aparecem no game fossem ditos hoje em dia, o twitter iria cancelar o estúdio”

Exemplo de discurso de um dos meus generais do Sacro Império Romano quando eu estava invadindo uma cidade de rebeldes ao sul dos reinos italianos:


Eu não mentirei para vocês: a batalha é algo perigoso. Podemos ir diretamente para a glória ou para a nossa ruína. Agora, digo que é meu dever garantir nossa vitória aqui, assim como é o seu dever lutar. Se Deus quiser, eu lhes darei a glória; a ruína pode ficar para o outro lado.

Nossos inimigos são rebeldes e traidores, e merecem o corte de uma lâmina em seus pescoços fedorentos. E uma espada é um fim piedoso para eles, porque o que realmente merecem é a forca!

E se encontrarem uma dama que precise da minha proteção, enviem-na para a minha tenda após a luta! A batalha me dá duas coisas: uma sede poderosa… e um apetite insaciável!


E a coisa só melhora quando temos batalhas clássicas entre facções, como França e Inglaterra e por aí vai.



“Eis o motivo de não termos mais essas provocações nos games atuais”


Eu jogo essa franquia desde 2005. Comecei pelo Rome: Total War, na época do meu PC batata. Eu precisava ir até a loja para comprar o CD pirata e instalar o jogo. Pagava baratinho e era a pessoa mais feliz do mundo! Afinal, nem tinha como baixar o jogo, já que minha internet era discada, então isso era impossível. Mas valia cada centavo para poder jogar sem preocupação depois.


"Minha coleção da franquia na Steam"
"Minha coleção da franquia na Steam"

A Creative Assembly era uma das empresas mais criativas que já existiram. Ela conseguiu unir dois elementos incríveis e criar algo único. Eles pegaram a fórmula de Age of Empires e a misturaram com elementos de estratégia, semelhantes aos que vemos em Nobunaga’s Ambition, uma série que está nos videogames há mais de 40 anos e da qual também sou fã.


É algo único. Até hoje, ninguém conseguiu reproduzir com tanto sucesso e excelência a fórmula da C.A. Infelizmente, com o passar do tempo, essa fórmula se tornou comum, e as inovações deixaram de aparecer. A comunidade acabou se dividindo em dois lados: o que prefere elementos de fantasia e o que prefere elementos históricos. Honestamente, eu não tomo partido nessa briga; amo os dois estilos igualmente.


"Simplesmente Total War: III"
"Simplesmente Total War: III"

O que aconteceu com a franquia?


A franquia começou a enfrentar problemas após o lançamento de Total War: Rome 2. O jogo foi lançado cheio de bugs, e os jogadores deixaram a Creative Assembly saber, de forma clara, o que pensavam: muitas reclamações, review bomb, entre outros. No entanto, o jogo foi corrigido ao longo do tempo, o que foi uma bênção para a Creative Assembly. Eles se esforçam para corrigir os erros cometidos, e, com o tempo, seus jogos acabam se tornando incríveis e bem melhores do que eram no lançamento. Como diz o ditado: dos males, o menor. Até hoje, há pessoas debatendo o estado em que o jogo foi lançado…


“Soldados se preparando para proteger a cidade de um cerco emTotal War: Rome II”
“Soldados se preparando para proteger a cidade de um cerco emTotal War: Rome II”

Após isso, foi só ladeira abaixo, com Total War: Attila, que também foi polêmico e ficou bem abaixo do esperado, além de ter sido lançado cheio de bugs na época (hoje em dia o jogo está muito melhor). Chegou a um ponto em que surgiram muitas conversas dizendo que a Creative Assembly estava em declínio e que as coisas estavam um caos internamente.


Porém, uma carta na manga praticamente deu forças para eles continuarem. Após muitas polêmicas e lançamentos abaixo da média, o fator que mudou tudo foi Total War: Warhammer. Finalmente, algo diferente havia sido lançado! Agora poderíamos ter monstros, vampiros, orcs, demônios do caos… Enfim, as possibilidades eram muitas. Com o lançamento de Total War: Warhammer II, as coisas só melhoraram, e os desenvolvedores se superaram com as DLCs gratuitas e muitas novidades que estavam por vir.


"Minha facção favorita de toda a franquia Total War, os Dark Elves"
"Minha facção favorita de toda a franquia Total War, os Dark Elves"

Porém, eles lançaram Total War: Three Kingdoms, um jogo que era esperado como uma experiência focada na história, mas que, na verdade, não agradou tanto aos fãs do lado histórico. Isso porque o jogo não buscava o mesmo nível de realismo das versões anteriores; ele era uma mistura de fantasia com realismo, já que era baseado no poema dos Três Reinos. No jogo, os generais eram retratados como heróis, capazes de destruir unidades inteiras de exércitos, o que frustrou muita gente. Por outro lado, o jogo vendeu muito bem, mesmo assim. Então, mais uma vez, a Creative Assembly seguiu o padrão ao qual parecia ter se acostumado: cometer erros.


“A arte de Total War: Troy, uma das poucas coisas legais sobre seu lançamento”
“A arte de Total War: Troy, uma das poucas coisas legais sobre seu lançamento”

O que vou dizer pode soar bizarro, mas me escute e entenderá. A Creative Assembly anunciou Total War: Troy em 2021, e o jogo foi lançado ainda sob a sombra da polêmica “mistureba” de Three Kingdoms: fator histórico misturado com poemas antigos, agora aplicado à lendária história épica de Tróia. Muita gente que eu conhecia estava até feliz, apesar dessa discrepância, com a C.A. tentando agradar as duas bases de fãs no mesmo jogo.


Só que tem um porém: a franquia Total War é completamente “nativa” na Steam. Há até uma aba dedicada no aplicativo da Steam para gerenciar, avaliar, compartilhar e baixar mods, algo excelente para esse estilo de jogo. Porém, em um ato insano, a C.A. decidiu que o jogo seria exclusivo da Epic Games, uma plataforma que, na época, enfrentava vários problemas com seu launcher, que não oferecia nenhuma função além da compra de jogos.

A comunidade de Total War ficou bem revoltada. Se não me engano, cerca de 7 milhões de pessoas resgataram o jogo quando ele ficou gratuito por 24 horas. E adivinhe? O jogo acabou flopando, porque quase ninguém estava jogando na ocasião. Claro que houve vários motivos para isso. O principal foi o fato de ser um jogo nichado, e boa parte do público que resgatou a chave nem sequer tinha a intenção de jogar. Além disso, o jogo ficou bem abaixo do esperado: enjoativo, com pouca rejogabilidade. O jogo teve algum sucesso tempos depois, quando decidiram lançá-lo na Steam.


“A thumbnail de um dos vídeos da época falando sobre os problemas do game, e a exclusividade idiota da Epic Games”
“A thumbnail de um dos vídeos da época falando sobre os problemas do game, e a exclusividade idiota da Epic Games”

A falta de confiança da comunidade estava em alta, até que, finalmente, em 2023, o último jogo da trilogia Warhammer foi lançado. No entanto, seu lançamento não foi tão bem recebido quanto o do jogo anterior da franquia. Problemas como bugs, questões de performance, facções mal equilibradas e sistemas de portais warp que não tornavam a campanha mais interessante frustraram muitos jogadores.


Depois disso, a situação piorou ainda mais. Os preços subiram significativamente, tornando o acesso à franquia Warhammer algo praticamente surreal. Por exemplo, se você quiser jogar a campanha do terceiro jogo, mas usando uma facção do segundo, precisa ter ambos os jogos comprados e, em alguns casos, ainda adquirir uma DLC específica para jogar do jeito que deseja. Nos casos mais extremos, é necessário comprar os três jogos para acessar o mapa completo, algo único na indústria dos games. Os desenvolvedores uniram as facções e cenários dos três jogos em um mega mapa, repleto de facções, onde uma campanha pode facilmente ultrapassar 300 horas de jogo.


Na prática, o resultado foi que o jogo ficou pesado, e muitos membros da comunidade acabaram preferindo voltar ao jogo anterior ou a outros títulos mais antigos da franquia, utilizando mods. Isso ocorre, em parte, porque muitos dos jogos mais antigos são únicos e remetem a uma época em que a empresa não estava tão focada em lançar o mesmo jogo repetidamente com skins diferentes. Esse é o sentimento ecoado por muitos influenciadores da franquia e, claro, pelos fãs de longa data.


"Vídeo do youtuber Andy’s Take a cerca de 8 meses atrás falando sobre o número de jogadores máximo atingido em cada lançamento da franquia”
"Vídeo do youtuber Andy’s Take a cerca de 8 meses atrás falando sobre o número de jogadores máximo atingido em cada lançamento da franquia”

E a situação só piorou quando, após tantos embates e feedbacks da comunidade sendo ignorados, os desenvolvedores decidiram lançar um jogo que ninguém pediu: Total War: Pharaoh. Enquanto todos pediam por Total War: Empire 2 ou Total War: Medieval 3, a C.A., mesmo com a faca e o queijo na mão, conseguiu se superar — mas de forma negativa. Eles lançaram um jogo cheio de problemas, sem personagens interessantes, básico e desinteressante. Foi, sem dúvida, o pior lançamento que já vi em um jogo da franquia, com apenas 3.471 pessoas jogando na Steam. E eu fui uma delas.


Comprei o jogo porque fiquei curioso. As primeiras impressões foram legais, mas, pouco tempo depois, as coisas desandaram. Claro, o jogo está passando por uma espécie de redenção agora — antes tarde do que nunca — , mas, ainda assim, é mais uma decisão errada que desanimou muitos fãs da franquia, incluindo eu.

Hoje em dia, retorno esporadicamente à franquia, mas sem aquela vontade de passar horas jogando como antes.


“A página do Total War: Pharaoh na Steam, agora com análises mais positivas após várias correções e atualizações”
“A página do Total War: Pharaoh na Steam, agora com análises mais positivas após várias correções e atualizações”

Existem rumores de que o próximo jogo da franquia seja algo que os fãs realmente esperam da C.A. Já ouvi falarem sobre Warhammer 40k, Senhor dos Anéis ou até mesmo um Total War ambientado na Primeira Guerra Mundial. Bom, ninguém sabe ao certo. Veremos o que será feito pela C.A., pois, após o fracasso de Hyenas — que nem sequer foi lançado — e o prejuízo que a SEGA sofreu, acredito que o estúdio precisa de algo realmente grandioso para recuperar a confiança dos fãs e, claro, da SEGA.


“Hyenas, o maior fracassado da SEGA, e com dedo da Creative Assembly no meio”
“Hyenas, o maior fracassado da SEGA, e com dedo da Creative Assembly no meio”

Eis o motivo de eu preferir jogar Medieval II em vez dos jogos mais recentes: é tão diferente, tão criativo. É óbvio que o mundo muda, as pessoas que criaram os jogos que amamos deixam a empresa, e as normas e ideias se perdem. Porém, isso não deveria ser desculpa para deixar de inovar e de alimentar a base de fãs que te seguiu fielmente por décadas.


“Poster que um fã fez esperando um terceiro game da franquia Medieval”
“Poster que um fã fez esperando um terceiro game da franquia Medieval”

A ideia era falar sobre Total War: Medieval 2, e apresentar a franquia para quem não conhece, mas, para isso, eu precisava explicar por que quis falar sobre ele, com tantos outros jogos na franquia. No fim das contas, às vezes, coisas mais simples nos fazem mais felizes. Espero que a situação da Creative Assembly mude no futuro e que as coisas voltem a ser como eram há mais de uma década, quando os desenvolvedores estavam a todo vapor, lançando obras incríveis e encantando os fãs com algo que ninguém mais fez até hoje com tanta maestria.


"É difícil alguma franquia ter tantos acertos seguidos ao longo dos anos: FromSofware é tipo - Hold my beer"
"É difícil alguma franquia ter tantos acertos seguidos ao longo dos anos: FromSofware é tipo - Hold my beer"

Ainda guardo minha cópia pirata de Total War: Napoleon, só para você ter ideia, e o sentimento de assistir ao trailer desse jogo pela primeira vez é inesquecível. Lembro-me até hoje do famoso Napoleão dizendo que “conquistaria a Rússia” no início do trailer, com uma expressão facial de alguém completamente psicopata, enquanto, ao fundo, seus exércitos enfrentavam um verdadeiro inferno gelado, atacando uma fortaleza russa, mal sabia o rapaz que não ia dar muito certo né, detalhe que momentos antes disso os franceses estavam no Egito batalhando, e as pirâmides em destaque no fundo enquanto o pau come solto.


"Napoleon no game Total War: Napoleon"
"Napoleon no game Total War: Napoleon"

Tenho saudades dessa época em que me encantava jogar esse estilo de jogo, sair dominando tudo, gastar horas e horas sem se preocupar com mais nada. Sei que esse sentimento perfeito não volta mais, mas não resta nada além de esperar pelo melhor. A nostalgia é grande, e os momentos de glória estão na memória. Até hoje, gosto de dizer que “conquistei o mundo sete vezes no Rome: Total War” ou que restaurei a glória do Império Romano no Medieval II, ou de batalhas épicas quase impossíveis de serem vencidas, a última que me lembro foi terrível, foi no Warhammer II, eu perdi quase todo o meu exercito enfrentando os Lizarman nas selvas de Lustria, Sim, eu estava com os Dark Elves, e é meio tenso pensar que eu estava enfretando homens lagartos gigantescos sendo um exercito de elvos magricelos.


"Caso curioso, Lustria é a América do Sul no Warhammer Fantasy, e esse é o seu mapa, já se achou aí"
"Caso curioso, Lustria é a América do Sul no Warhammer Fantasy, e esse é o seu mapa, já se achou aí"

A ideia aqui não é ser negativo em relação à Creative Assembly ou fazer um alarde sobre a franquia. É apenas refletir sobre como as coisas mudam com o passar do tempo. A roda gira: às vezes, você está no topo, e, outras vezes, por baixo. E, para voltar ao topo, é preciso muito esforço. Então por hora eu digo, aproveite as pequenas coisas enquanto pode, porque futuramente você não sabe como as coisas vão estar.

Inclusive, acho que muito dos problemas da franquia nesses últimos anos vem exatamente do que o Sven (CEO da Larian) disse poucos dias atrás no The Game Awards, e caso não saiba do que estou falando, aqui está o discurso dele traduzido:


"Post que eu fiz traduzindo o discurdo do Sven (CEO) da Larian no X"
"Post que eu fiz traduzindo o discurdo do Sven (CEO) da Larian no X"

E caso você esteja interessado em dar uma pesquisada na franquia ou no que a SEGA tem a oferecer então hoje é seu dia de sorte…


"A aba da Winter Sale da SEGA"
"A aba da Winter Sale da SEGA"

Recomendo muito Total War: Medieval II para quem quer jogar algo diferente, fazer uma volta no tempo e conhecer um estilo de jogo único, recheado de conteúdo, e acima de tudo, divertido. Aproveite que ele está com um desconto excelente visto que está dentro da Promoção de Inverno da Steam.


"O preço da franquia Medievel II na Steam durante a promoção"
"O preço da franquia Medievel II na Steam durante a promoção"

Fica aí a dica de um game fantástico de uma época que não volta mais, e também um pouco de como é ser um fã de longa da franquia Total War.


"Até o Luan sabe que a página é braba demais"
"Até o Luan sabe que a página é braba demais"

“Para notícias, análises e sorteios de games, siga o perfil Dugeon Bits, no x"

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